Goiânia, Goiás
Trecho
Cidade Cidadã
Dizemos que somos bem mais do que realmente somos, o ufanismo ultra orgulhoso do canedense é algo que merece ser estudado, é uma autoestima exarcebada que carece de estudo científico apurado, ou por favor, alguém nos chame a Nasa.
A verdade é que a arrecadação de Senador Canedo é uma das maiores do estado, mas isto está longe disto se tornar riqueza para população, o município é rico mas a população é miserável, e não adianta negar, nossa arquitetura tacanha não nos permite.
Senador Canedo ainda está a anos luz de ser uma cidade desenvolvida, e fechar os olhos para nossos problemas é uma enorme burrice, quem chega na região central da cidade e observa nossas moradias muito modestas, até mesmo na região central, logo percebe que aqui o poder aquisitivo da maioria das pessoas não é dos melhores. As lojas são simples, os restaurantes pobres, não tem shopping, não tem teatro, não tem cinema, nem galerias de arte, nem clubes, nem boates, casas noturnas ou uma boa biblioteca, não dá para disfarçar nossa pobreza, por mais que tentemos.
E olha que temos uma das maiores arrecardações do estado, em 2021, o oitavo maior PIB do estado ( sim perdemos posições, já tinhamos sido bem melhores), é uma cidade excludente e desigual, uma ilha de "humildade" cercada por condomínios fechados. Nossa riqueza é extremante concentrada, somos uma cidade de trabalhadores assalariados, e isto não pode ser considerado desenvolvimento de verdade.
Aqui quase tudo precisa ser feito, a iniciativa privada ainda teme investir na cidade, o poder público não dispoe de políticas de desenvolvimento do empreendedorismo, e quase nenhuma outra instituição oferece recursos para desenvolver o comércio local, o resultado é que somos uma promessa a espera de ser cumprida, um rascunho de um sonho ainda não realizado.
Falta a Senador Canedo um projeto de desenvolvimento dos seus moradores, o canedense carece ser empoderado economicamente e isto só a própria população poderá fazê-lo, porqe até o momento tudo que foi testado falhou, e vamos combinar que crescimento e aumento de arrecadação sem enriquecimento da população local podem receber qualquer nome menos desenvolvimento.

Opinião
Senador Canedo, domingo, 05 de Junho
A falta de visão empreendedora
da imprensa local
Por Jorge Alves Ribeiro
No almoço que marcou o fim da cavalgada na tarde de ontem, algumas pessoas, que notaram falta da Revista Pequiz na cobertura do Canedo Fest Show de Senador Canedo, me perguntaram porque não estamos fazendo a cobertura do evento mais importante do calendário cultural do município. Eu respondi sem nenhum constrangimento que era falta de planejamento para captar financiamento, e sem grana não existe possibilidade de produzir conteúdo de qualidade, no máximo podemos publicar releases, ou para quem não entende o termo: publicar textos ou videos que já vem prontos, e representam unicamente a visão das empresas ou instituições, coisa que abominamos na Redação da Pequiz, onde procuramos publicar material de qualidade e autoral.
Muitos que conheço tem uma ideia totalmente distorcida do que é um veículo de comunicação independente, ou de como é feito o financiamento da imprensa livre. Às vezes eu tenho a impressão que acreditam que somos uma espécie de entidade superior que não precisa de dinheiro para sobreviver. E acredito que temos uma grande parcela de culpa nisto, pois entregamos de graça um serviço que tem um custo alto de produção.
Imprensa liberal
A ideologia liberal – dominante nestes tempos – costuma caracterizar se um país é democrático, pelo seu regime político, fazendo suas perguntas clássicas: se há pluralismo partidário, separação de poderes no Estado, eleições periódicas e imprensa livre. Não contempla a natureza social do país, se há universalização de direitos básicos, se se trata de uma democracia social ou apenas do sistema político.
No Brasil, especialmente nos pequenos e médio municípios, o que faz com que a chamada imprensa “livre” seja, ao contrário, uma imprensa escrava, caudatária dos setores mais ricos da sociedade, presa a seus interesses, de rabo preso com as elites políticas dominantes, é quem financia, quem paga as contas, que na grande maioria das vezes é a Prefeitura e Camara Legislativa. Falta às empresas de comunicação local a capacidade para vender para o comércio, para as industrias e para o leitores, e isto é uma falta de visão do mercado, fruto da cultura de viver de anúncio institucional.
E no caso do Rodeio Fest Show, uma festa linda e muito bem organizada por sinal, a Pequi Comunicação não teve financiadores, e portanto se absteve da produção de conteúdo no evento, porque fotógrafo custa caro, filmmaker e jornalista também. Não tivemos porque faltou visão empreendedora, porque não soubemos vender para a Prefeitura ou para Camara de Vereadores, porque faltou interesse das empresas participantes do evento, e nisto a responsabilidade é toda nossa, se tantas pessoas aplaudem o trabalho da Pequi Comunicação como é que não conseguimos vender nosso serviços de publicidade e merchandising ?
Erramos por não nos planejar para fazer a diferença, e o que estamos fazendo para corrigi isto é planejamento, treinamento da equipe, network empresarial, e melhoria na qualidade dos nossos serviços, para que os anunciantes e consumidores do nosso serviço paguem por eles e fiquem satisfeitos com o produto que estamos oferecendo.
CERRADO DEVASTADO

FOTOGRAFIA MILENNA MEDRADO
PRODUÇÃO JORGE RIBEIRO









Que Vila Boa!









